10 leituras enriquecedoras para o Dia do Combate à Discriminação Racial

A primeira lei contra o racismo no Brasil foi aprovada há 73 anos (Lei Afonso Arinos – Lei nº 1.390/1951) e, apesar dos avanços na sociedade, o preconceito ainda é uma realidade. Inclusive, a falta de reconhecimento de autores negros e suas histórias é, infelizmente, comum no mercado literário.

Pensando nisso, trouxemos livros que trazem visibilidade à luta antirracista e contam narrativas protagonizadas por personagens negros. Confira!

Por Gabriela Bubniak

LC Agência de Comunicação

Ás de Espadas: o livro traz à tona temas sobre o racismo estrutural, preconceito de classe e homofobia. É uma história de suspense com protagonismo negro e LGBTQIAPN+.

Onde Repousam as Mentiras: é uma crítica incisiva aos sistemas opressores que falham em proteger os mais vulneráveis. Traz uma profunda reflexão sobre racismo estrutural, agressão sexual, preconceito de gênero e homofobia.

Sobrevivendo ao racismo: além de escancarar as complexidades e os impactos do racismo no cotidiano, a autora compartilha as próprias experiências e destaca questões como o papel da escola na perpetuação do preconceito e a necessidade de uma educação antirracista.

Crônicas de Ruamu – O destino de Eneim: o autor vai além do entretenimento para lançar luz sobre questões como a luta contra o dogmatismo religioso, combate à violência feminina e ao racismo, o resgate da sabedoria ancestral e a importância de conhecer a própria história e não repetir erros do passado.

Negros gigantes

Negros Gigantes: um mergulho na vida do autor e na de personalidades que o inspiraram e o empoderaram. São histórias marcadas pelo colonialismo enraizado, insistente em querer determinar onde ele devia ou não estar e o que cabia ou não realizar.

A (des) educação do negro: Publicado em 1933, o épico manual antirracista, que prepara o negro para cumprir sua pária social, segue relevante e atual. A obra de Carter demonstra que o sistema não prepara o estudante negro para o sucesso e o impede de ter uma identidade própria, doutrinando para que assuma uma posição de submissão social.

Vamos falar de racismo: 100 cartas com perguntas estimulam diálogos sobre o preconceito e incentivam a conscientização. “Como você reage a piadas racistas?” e “O que vem à sua mente quando você ouve a palavra racismo?” são alguns dos questionamentos que fazem refletir sobre a importância de combater a intolerância racial.

Abayomi, a menina de trança: A arte-educadora e artesã Aniete Abreu presta sua contribuição ao movimento de empoderamento infantil e de busca pela ancestralidade africana e narra a jornada de uma menina negra que recebe a missão de proteger a natureza.

O Abrigo de Kulê: ambientada na década de 40, a obra retrata a realidade de pessoas em situação de trabalho escravo nas fazendas brasileiras. Os protagonistas Gabriel, um caixeiro viajante, e a jovem sonhadora Maria tentam se desvencilhar de suas correntes para conquistar os mais básicos dos direitos: viver e serem livres. O livro ganhou recente adaptação para webcomic, pela editora Infinitoon.

Cachorro Preto! Cachorro Branco! A obra acompanha a trajetória de descobrimento e amizade entre dois cachorros que inicialmente estranham as diferenças entre si: um é branco e o outro, preto. O livro incentiva diálogos importantes sobre diversidade de forma lúdica.

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